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Professora do IEFES-UFC é homenageada na Assembleia Legislativa do Ceará por sua atuação pelo enfrentamento da endometriose
Data da publicação: 16 de março de 2023
Categoria: Notícias
No dia 13 de março, na Assembleia Legislativa do Ceará, ocorreu a Sessão Solene de enfrentamento a endometriose por iniciativa da Deputada Estadual Jô Farias sensibilizada por duas de suas filhas também sofrerem com essa doença ainda enigmática.
Na ocasião a Profa Dra Tatiana Passos Zylberberg, docente do IEFES-UFC, recebeu homenagem, junto com outras seis personalidades que têm contribuído para saúde das mulheres com endometriose no Ceará.
Na abertura do evento foi apresentada a PERFORMANCE “EntreLaços” produção que integra ações de dois projetos: a Cia de Dança do Iefes e Mulheres e Novelos ambos coordenados pela professora Tatiana contando com apoio da Prex Ufc e Secult UFC por meio de programas de bolsas.
No ELENCO da Cia de Dança as estudantes: Ana Cecília, Ana Clara Magalhães, Cailane Nascimento, Clarissa Matos, Loisiana Santos e Maria Rebeca. A Edição de áudio por feita por Julyan Barbosa ; a direção artística dos bolsistas Beatriz Oliveira e Julyan Barbosa e, Direção geral da Profa. Tatiana Zylberberg.
A performance levou a público as vozes-histórias de mulheres reais que aguardam na fila de espera da cirugia de endometriose e/ou estão em tratamento: Eucilene Sousa, Antonia Teixeira, Iranilce Brasileiro, Risoneide Nobre, Eliane Oliveira , Glauciane Ribeiro, Jozineuma Santiago, Karollyne Bonfim, Joanita Costa.
Foi exibido vídeo com depoimentos de Mulheres que enfrentam a endometriose: Antonia Teixeira, Jozineuma Dias, Milde Duarte, Marcleide Lima e Joanita Costa, cuja escuta e filmagem foi realizada pelo projeto Mulheres e Novelos, com edição de Samara Maia
A professora Tatiana tem se dedicado nos últimos 10 anos a luta por mais saúde e acesso a tratamento multiprofissional no SUS para endometriose.
A endometriose consiste em uma doença crônica e inflamatória caracterizada pelo crescimento do endométrio fora da cavidade uterina. Estudos indicam que a endometriose pode ser identificada no peritônio e/ou em diversos órgãos cavidade abdominal, como: intestinos, bexiga, ureteres, rins, apêndice e/ou vagina; em casos raros, identifica-se a endometriose no diafragma e fora da cavidade abdominal, no pulmão ou cérebro, por exemplo. Além disso, quando infiltrativa e profunda (acima de 5mm), a endometriose pode trazer complicações, levando inclusive, a perda parcial ou total de alguns órgãos. Os sintomas da endometriose podem variar para cada pessoa, sendo mais recorrentes: cólica menstrual; dor e sangramento ao urinar e evacuar especialmente durante a menstruação; fadiga; diarreia; dor durante na relação sexual; dificuldade de engravidar. Outras mulheres podem ser assintomáticas e descobrem a endometriose nas investigações sobre as causas da infertilidade e/ou na busca de esclarecer perdas gestacionais.
A infertilidade está presente em cerca de 37 a 50% das mulheres com endometriose. E não há uma correlação direta entre quantidade de dor e quantidade de focos de endometriose. Por isso que, as cólicas, mesmo em mulheres adolescentes, ou em mulheres que já tiveram filhos e, que anteriormente não tinham dores menstruais incapacitantes, não deverão ser subestimadas. Mudanças de sintomas, principalmente associadas aos períodos menstruais, não deverão ser ignoradas.
O evento solene no Março Amarelo, mês nacional de conscientização da endometriose, demarcou um novo momento no estado do Ceará de mobilização por políticas públicas efetivas para conscientização, atenção, diagnóstico e tratamento na promoção de saúde de pessoas com endometriose.
Sugerimos acessarem a reportagem oficial da ALECE na íntegra:
https://www.al.ce.gov.br/noticias/solene-aponta-importancia-do-diagnostico-e-tratamento-da-endometriose
Fonte: Profa. Dra. Tatiana Passos Zylberberg – <iefes@ufc.br>